quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Os 10 mandamentos do mochileiro gourmet

 Ou: Dicas de como conseguir viajar com orçamento mais apertado e ainda assim aproveitar o máximo da gastronomia dos seus destinos escolhidos.

1 – Planejar, planejar e planejar.

A antecedência é quase sempre premiada com menores preços de passagens aéreas e de hospedagem. Além disso, é importante ter em mente um orçamento simplificado da sua viagem.  Com isso, você poderá gastar melhor o seu dinheiro e com menos peso na consciência.

Os melhores sites para busca de passagens aéreas  e planejamento de roteiros são:  Skyscanner e Whichairline

Para seu quarto, use e abuse do Tripadvisor, do booking.com e do hostelworld.

Dica: Ao contrário do hostelworld, o Booking cobra 10% antecipados para reserva. E cuidado: os preços nem sempre são iguais ao do próprio site do estabelecimento.

Há ainda opções menos clássicas, mas que a cada dia se tornam mais populares, como o Couchsurfing e o Airbnb, site para aluguel de apartamentos


2 – Privilegie hotéis/hostels bem localizados.

Tempo é dinheiro. Logo, não invente de querer economizar centavos para ficar em um local pior avaliado, pois depois a conta pode sair cara. Nem todas as cidades tem um sistema de transporte público eficiente, ou mesmo barato e lembre: problemas acontecem em todos os lugares.

3- Cuidado com as armadilhas de companhias low-cost

Alguns aeroportos de companhias low-cost ficam bem distantes(quando não em outras cidades, como o emblemático Paris-Beauvais). Por isso, tenha em mente que o custo de transporte de ida e volta até esses aeroportos pode fazer com que companhias tradicionais ou que as opções antes clássicas de trens e ônibus sejam mais baratas,rápidas e confortáveis.



4- Use bem os seus pés.

A vantagem de estar bem localizado é que a maioria das atrações acabam ficando a distâncias andáveis. Peça um mapa da cidade na chegada do seu alojamento e aproveite a vista: respirar é de graça e é melhor ao ar livre.

Naqueles momentos de maior aperto, lembre que restaurantes fast-food costumam oferecer banheiros e wi-fi gratuitos. Os cafés do Starbucks são a melhor opção em termos de limpeza e garantia de internet. Aproveite também para fazer download ou atualizar seus mapas no seu smartphone.

Dica: Algumas cidades oferecem aluguel gratuito ou a preços muito baixos de bicicletas.

5 – Faça você mesmo seu café da manhã.

Hotéis e albergues gostam de cobrar caro por opções que você não vai usar. Procure o supermercado mais perto e alguém para dividir os custos com você. Com isso, você come só o que realmente gosta e sobra mais dinheiro para almoços/jantares de qualidade.

Se o café da manhã estiver incluído, use e abuse, adiando seu almoço para aproveitar mais o dia e economizar no jantar. Mas cuidado: em albergues, o serviço costuma ser o de pão, água e manteiga.

6-  Vá de cabeça aberta.

Claro que todos nós temos restrições culturais e alimentares, mas viagens são oportunidades ( que tendem a ser raras). Então, releve seus preconceitos e sua timidez, com o devido cuidado para comidas muito temperadas. Você nunca sabe quando vai voltar e pode se arrepender alguns anos(ou minutos) mais a frente. Prove os pratos típicos. Eles costumam ter preços acessíveis e também tem muito a dizer sobre a história daquele povo. 

7 – Aproveite os cardápios executivos servidos durante a semana e, claro, evite fast-foods.

A grande maioria dos destinos urbanos tem restaurantes que oferecem opções de na média 30% mais baratas em pratos do dia, que, muitas vezes, servem pratos típicos.  Em outras palavras, não coma fast-food. Esse tipo de comida já está disponível no seu país sempre que você quiser.



8 – Fuja de armadilhas turísticas

Lembre: turistas são um prato cheio para serviços caros e ruins. Busque opções frequentadas pelos nativos. Desconfie de cardápios com fotos amadoras e descrição em vários idiomas. Esses estabelecimentos só se preocupam em pegar o seu dinheiro e não em te servir bem. Por isso, desconfie muito de restaurantes próximos de pontos turísticos. Quase sempre, você vai pagar bem caro e comer bem mal.

9 – Não esqueça de olhar o horário de funcionamento.

Muitas coisas não abrem domingo e segunda, por exemplo. Pode ser uma grande decepção, após tanta espera e planejamento, chegar em um lugar e ele estar fechado.

10– Faça uma pesquisa prévia sobre lugares e restaurantes desejados


A internet trouxe várias vantagens. Uma das melhores foi o livre acesso à muita informação. Boas fontes de pesquisa são jornais locais(Le Figaro e The Guardian, costumam fazer matérias especiais sobre lugares que estão bombando). Jogue no google tradutor: “melhor ...” no idioma do seu destino , divirta-se tentando entender, ou, faça melhor, procure saber se O Viajante Gourmet já esteve nesse lugar.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Encontre-se em São Paulo!

Chegar a São Paulo e gostar da cidade não é tão simples. Leva tempo. Principalmente se sua cidade natal for praiana.

Mas depois fica tudo fácil. Apesar da selva de pedras, trânsito e tudo que estamos acostumados a ouvir, a cosmopolita cidade tem em seu melhor exatamente a diversidade de mundos e gostos. A cidade tem o mundo dentro de si e fica fácil você se encontrar.

Decidi fazer recentemente um passeio com um amigo por meus dois lugares preferidos na cidade, o MASP e o Ibirapuera. É um passeio simples, mas que interessantemente sempre me deu um ar representativo da cidade.

Por que o MASP me lembra de São Paulo? Porque é cultura. E o número de museus, espetáculos de teatro, shows e grafites da cidade sempre foram um ponto marcante para mim. O MASP fica localizado na Av. Paulista e aos que não conhecem a cidade, o melhor acesso é pelo metrô. Basta descer na estação Trianon-MASP (linha verde) ou na Consolação (linha verde, mas com acesso pela linha amarela).


A visita custa R$15 (R$7 para estudantes). Às Terças-feiras a entrada é gratuita para o público em geral. Nesta última visita, as principais exposições eram: “O Triunfo do Detalhe e depois, nada” e “Passagens por Paris – Arte Moderna na capital do século XIX”.

A primeira é interessantíssima. Com um apanhado histórico que nos leva do realismo ao impressionismo, a exposição tem entre as principais obras “A ponte japonesa sobre a Lagoa das ninfeias em Giverny” de Claude Monet. Obras de Renoir, Van Gogh e Picasso também estão nesta exposição.

Já a outra exposição propõe um passeio pela efervescente Paris do século XIX, com ícones do período, como Manet, Degas, Cézanne e Toulouse-Lautrec, dentre outros. Das obras mais interessantes da exposição está “A amazona – Retrato de Marie Lefébure” de Edouard Manet.


Depois de um pouco de cultura, vamos ao parque. E qual a representatividade do Ibirapuera para com a cidade de São Paulo? Porque o parque é a antítese de tudo que imaginamos de uma cidade grande. O Ibirapuera é a cidadezinha do interior perdida no meio da metrópole paulista.


É o lugar para correr com as crianças, praticar esportes ou simplesmente não fazer nada. Fugir do ritmo da cidade dentro dela é o grande barato que o Ibirapuera proporciona. Aos finais de semana o parque fica bem cheio, mas nada que atrapalhe a diversão. No entanto, aos que preferem sossego e uma corrida mais tranquila, aproveita a semana.


Para encerrar a noite, visitamos o que considero um achado no meio do Butantã. Bairro universitário e sem muita expressão tanto na gastronomia quanto na qualidade dos bares, o Butantã nunca foi um lugar sobre o qual esperava comentar. Mas ali na Av. Corifeu, próximo à Praça Elis Regina, encontramos o restaurante Casa do Norte.


Além de decoração bem divertida, com uma porção de artefatos nordestinos, a comida é muito boa! A pedida certa? Carne seca com abóbora. O petisco custa R$32 e a meia porção, que serve muito bem, custa R$17. Completamos o prato com um baião de dois que tinha bem mais que dois ingredientes (R$25). O prato acompanhava linguiça, carne seca, queijo e bastante tempero, além de uma costela de boi a parte.

Os pratos podem não agradar visualmente, mas garanto a qualidade dos mesmos. A carne seca com abóbora é surpreendente. Vários amigos já foram desconfiando da qualidade e hoje em dia não perdem a oportunidade de voltar ao local. Não perca também a chance de conhecer.

Ao final do dia, depois da ótima refeição, apenas a certeza de que São Paulo pode ser e é muito atraente. Basta se encontrar.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Fish and Cookies

Cosmopolita por si só, Londres oferece opções de praticamente todas as vertentes da culinária internacional. É bem difícil andar por 5 minutos na cidade e não encontrar pelo menos um restaurante italiano, por exemplo. Uma outra explicação está na falta de variedade da cozinha inglesa. Fora o reflexo fiel da cultura fast-food e seus hambúrgueres, o grande prato típico é a combinação de peixe frito com fritas (fish and chips), que, convenhamos, é deliciosa.

Uma opção para aqueles que desejam apenas provar o prato sem gastar muito é o Fish Bone (82 Cleveland St), localizado nas proximidades do fervilhante Oxford Circus. A versão grande custa 7 libras, mas há opção de menu fora de horários de pico.



Versão Small
Uma versão mais badalada é a do Poppies, que figura constantemente em eleições do melhor da cidade. Além do restaurante, que fica na região noturna de Camden Town (grande custa 14 libras), há ainda um pequeno estande próximo da Tower of London, com preços menos salgados.

Independentemente do tamanho do seu orçamento para o prato principal, tenha em mente que a dica de sobremesa é imperdível. A rede Ben’s Cookies traz biscoitos feitos nas próprias lojas, com sabores que vão de diferentes intensidades de chocolate branco e preto até o mais exótico e igualmente delicioso de coconut. Os cookies são vendidos por unidade, mas a dica é rachar com amigos ou família uma caixa com 7 ou 9(em torno de 8 libras) e, com isso, conseguir provar mais de um sabor.  A melhor filial é a do Covent Garden, por ser em uma região bem comercial, com vários outros restaurantes e, as vezes, com atrações para o início da noite.

Alguns sabores

Dark Chocolate Chunk

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Rolezinho em Berlim – Parte 2

Ainda dispostos a caminhar? Então vamos dar sequência ao nosso passeio por Berlim. Nossa última visita foi o prédio Neue Wache e agora vamos seguir pela Unter den Linden até nosso ponto final, o Tiergarten.


A primeira parada, bem rápida, é na estátua do Rei Frederico II da Prússia. Apesar da imponência do rei sob seu cavalo, a dica é observar a riqueza de detalhes do pedestal. As imagens são de 21 dos mais importantes generais do exército de Frederico. 


O que esta foto do Michael Jackson faz aqui? Ela foi tirada em Berlim e nossa próxima parada é exatamente lá, no hotel Adlon. O hotel, que fica ao lado do Portão de Brandemburgo (nada mal!), não é um ponto turístico famoso da cidade, mas vale a curiosidade.

Posso dizer que recomendo a hospedagem?


E ao final da Unter der Linden cá estamos ao lado do Portão de Brandemburgo. Um marco da história alemã, o portão é hoje um dos símbolos da divisão do país e de sua reunificação. 


A estátua sob o portão, com a deusa grega Irene sendo puxada em uma biga por quatro cavalos é um dos objetos de maior história da cidade. A estátua passara pelas duas invasões que Berlim sofrera em sua história. Em uma delas, feita por Napoleão, o imperador francês retirou a estátua e levou-a para Paris. De volta a Berlim, a estátua sofrera com os danos da II Guerra Mundial e unificação, sendo reparada posteriormente.

Chega de história?

           Não, ainda temos um pouco mais. Desviando um pouco nosso caminho e seguindo pela Ebertstraße, chegamos a outro ponto turístico famoso e cheio de história. O Reichstag! 



 Dica: A visita ao parlamento deve ser agendada. Para isso, basta entrar no site

Não conheço a história da construção do prédio, mas se em algum momento o objetivo foi retratar o poder da economia alemã e a grandiosidade da história do país, o objetivo foi completado. O prédio é imenso e mistura arquitetura neoclássica com a modernidade da cúpula de vidro. Assim como na catedral da cidade, a dica é sentar-se no jardim a frente do prédio e admirar!

Curiosidade: Dentre os eventos marcantes do Reichstag podemos destacar o incêndio de 1933 que serviu de estopim para o domínio nazista e a bandeira soviética hasteada em 1945 após a derrota alemã.

Se você já estiver cansado, e provavelmente vai estar, aqui seria um bom ponto para parar. Mas se ainda há disposição, seguimos uma longa caminhada pela Straße des 17. Juni, cercados pela longa paisagem natural do percurso. 


Ao fim, no nosso último ponto, chegamos à Coluna da Deusa Vitória (um bom símbolo depois da maratona).  Erguida no centro do Tiergarten, nosso último monumento é um dos mais conhecidos pontos turísticos de Berlim e é um ótimo final para este passeio.

Feito tudo isso, é hora de voltar pro hostel, pedir uma das ótimas cervejas alemãs e descansar. Porque Berlim ainda oferece muito mais!


quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Um “rolezinho” em Berlim


Se no Brasil eu deixei claro meu carinho por Jericoacoara, na Europa o lugar que o coração bateu mais forte, mesmo antes da chegada à cidade, foi Berlim. E o ar estava frio, o céu estava nublado, tudo estava perfeitamente organizado e as pessoas não eram lá muito simpáticas. Era tudo como sempre imaginei. Era a atmosfera que sempre quis conhecer.

Em Berlim eu gostava de caminhar, caminhar e caminhar. E uma dessas caminhadas merece relato. Desde o hostel em que me hospedei até o Tiergarten, convido vocês a fazerem comigo um passeio pela cinzenta e ao mesmo tempo brilhante Berlim.


Conhecida rede de hostels, a St. Cristopher possui filiais em Paris, Praga e Amsterdam, dentre outras. Com preços ótimos, qualidade de serviços excepcional e um ótimo bar na entrada, o hostel merece ser citado.

Começa então nossa caminhada! 


O trajeto começa na Rosa-Luxemburg Straße, onde está localizado o hostel e de lá seguimos até a Karl-Liebknecht Straße. De cara, ao alto, nos deparamos com a Berliner Fernsehturm (aquela torre de radiodifusão gigante). Como fui no inverno, não consegui um dia de céu aberto para subir. Acabei me arrependendo.


Mas o caminho tem muito mais. Logo pertinho da torre você vai se deparar com a Alexanderplatz, uma das praças mais movimentadas e interessantes da cidade, e com a igreja Marienkirche. A igreja é datada de 1292 e tem uma arquitetura bem simplória. Certamente não é das igrejas mais belas da Europa, mas tem uma leveza particular.

Ainda na Karl-Liebknecht Straße, seguimos em direção a Scholoßplatz até chegarmos à minha construção preferida em toda a Europa. Na minha viagem eu conheci muitas igrejas, principalmente na estadia em Roma, mas nenhuma me encantou tanto como a Catedral de Berlim (Berliner Dom). 


Por quê? Eu realmente não sei dizer. Não sei explicar como as formas me fascinam tanto. Sei apenas que fiquei tão perplexo com a beleza da igreja que nunca tive o impulso de me aproximar dela, de entrar. Eu simplesmente parava ao longe, tirava fotos (devo ter 20) e começava a contemplar.



Para tornar a paisagem ainda mais bonita, a igreja tem um belo gramado a sua frente e fica às margens do rio Spree. Logo ao lado também se localizam vários museus, no que se chama Ilha dos Museus . Cinco dos principais museus da cidade se localizam na ilha, mas uma vez que ainda temos muito que caminhar, é melhor deixar a visita para outro dia.

E nossa próxima parada não é menos interessante. Berlim é uma cidade marcada pela história e pelo sofrimento das grandes guerras. E a Neue Wache representa um pouco disso. 


          Já na Unter den Linden, uma das principais avenidas da cidade, o prédio de arquitetura neoclássica tem em seu interior apenas a escultura Mother with her Dead Son, da escultora Käthe Kollwitz. Mas o nome não diz tudo. O peso que a escultura cria no ambiente é algo impressionante. Com a frase “Às vítimas da guerra e da tirania” no chão do prédio, é fácil se emocionar no local.

           Por hora nossa caminhada se encerra. Ainda tem muito mais na Unter den Linden para conhecermos. Vejo vocês no próximo post!

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Nada de básico em La Boqueria

Quando recordo dos poucos dias que estive em Barcelona, a arquitetura e o colorido da cidade sempre estão nas minhas memórias. E nestas lembranças as cores da cidade podem ser representadas por um único ambiente cheio de cores, cheiros e sabores - o mercado La Boqueria.

Na minha chegada à cidade, caminhando pelas Ramblas em busca do meu hostel, surpreendi-me quando à minha direita estava o mercado. Decidi aproveitar a conveniência e a fome para visitá-lo imediatamente. Não me arrependi.


Confesso que em geral acho mercados uma visita pouco atraente. Os de São Paulo e Fortaleza são um bom exemplo de lanchonetes com preços abusivos e outros restaurantes pega turistas. Mas as cores do mercado catalão me venceram.


As fotos podem falar por si. Um festival de doces, chocolates e sucos naturais atraiam os olhares curiosos. Fiquei tão excitado que tomei uns três copos de sucos tentando provar vários sabores.

Dica: Quando você entra no mercado o primeiro impulso é sair comprando tudo, provando tudo. No entanto, os preços vão diminuindo quando adentramos no local, ou seja, quando mais longe da porta, mais barato. Caminhe!

  Quando caminhamos mais, começam a aparecer os frutos do mar, as lanchonetes e os sanduíches de jamón! Infelizmente a fome era tanta que não tirei nenhuma foto do sanduíche, mas posso garantir que é uma pedida certeira.


Por fim, por que não uma sobremesa? Sem problemas. Uma barraca cheia de chocolates e nozes espera por você. Aqui eu achei os preços um pouco altos, mas vale a experiência.  
              

Mercados são uma visita básica em quase todas as cidades. Mas não há nada de básico em La Boqueria. Entre no mercado e deixe todos os seus sentidos trabalharem, pois eles darão conta de fazer o passeio inesquecível!

sábado, 1 de fevereiro de 2014

O Charme do Interior


Muito se fala e se espera das grandes cidades do mundo, mas as vezes esquecemos de valorizar o interior,  que incorpora o verdadeiro espírito de um país, diluído na diversidade das manchas urbanas.

A França especialmente é caracterizada por incríveis cidadezinhas, cada uma com o charme específico da região em que é situada.

Amiens, cidade universitária no norte do país, representa muito bem isso. A 1 hora de trem da Gare du Nord (12 euros o trecho), como toda cidade representativa desse modelo descrito, possui pontos turísticos cultuados e muito bem vendidos pelos escritórios de turismo.

No caso, as principais atrações envolvem a gigantesca Catedral, o parque St Pierre e toda a estrutura em volta de Jules Verne, pois foi lá que o escritor passou boa parte da vida entre 1882 e 1900.


A Catedral Notre-Dame d’Amiens é patrimônio mundial da Unesco e tem infinitas escadas para se obter uma bela vista da cidade.


A casa de Jules Verne(2 Rue Charles du Bois) talvez seja a maior atração relacionada ao escritor. Possui várias referências aos clássicos, como Viagem ao Centro da Terra e A Volta ao Mundo em 80 dias.

O Parque Saint-Pierre oferece uma tranquila caminhada, com início e fim na região de St Leu, que concentra os melhores restaurantes da cidade, com preços muito mais em conta do que os encontrados em Paris.





Dica: Como em toda a França, a gastronomia é uma atração a parte. Um prato típico da região da Picardie, onde Amiens está localizada, é a Ficelle Picarde (6 euros) , uma espécie de crepe salgado, com presunto, funghi e gratinado com os melhores queijos franceses. A maior parte dos restaurantes da cidade servem o prato, mas, definitivamente, os melhores estão na região de St Leu, de frente para o rio.