terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Canoa é sempre uma boa

Entre os principais destinos turísticos do Nordeste, o Ceará é conhecido pela diversidade e beleza de suas praias, seja no litoral leste ou oeste. Podemos citar as praias do Cumbuco, Icaraí, Taíba, Jericoacoara e Canoa Quebrada. E é exatamente sobre esta última que dedicarei este post. 

Localizada no litoral leste do estado, distante 166km de Fortaleza (Como chegar), Canoa Quebrada é mais uma das paradisíacas praias cearenses. Com uma praia de encher os olhos e uma vida noturna animadíssima, visitar Canoa é sempre uma ótima ideia.

 Durante o dia não há erro. É hora de escolher uma barraca de praia (são muitas e muito bem equipadas) e aproveitar o mar. Cercada por belas falésias e com um mar que parece convidar o turista para um mergulho, a melhor opção é aproveitar o dia na praia. 


Aproveite os petiscos de variados frutos do mar, a cerveja gelada e curta! Uma dica é aproveitar para almoçar em uma das barracas. Entre os pedidos, recomendo um peixe assado, mas camarão e lagosta nunca deixam de ser uma ótima pedida.

Já próximo ao entardecer, a melhor opção é aproveitar os passeios de buggy. Por que esse horário? Bem, a ideia é aproveitar o pôr do Sol.  As opções de passeio são diversas, mas optei pelo que se inicia pela Praia do Estevão, passando pela estrela símbolo de Canoa Quebrada, levando-nos em seguidas para a tirolesa e dunas gigantes para, ao final, chegarmos à duna do pôr do Sol. O custo fora de R$35 por pessoa e a duração de 1:30h.


 E a decisão foi acertada. O passeio é um dos destaques da viagem. A descida na tirolesa (R$7) culminando na descida de buggy pelas dunas gigantes garantem muita emoção.  O passeio combina ainda muita beleza, com bonitas paisagens durante o trajeto e, ao final, a atração do pôr do Sol.

Durante a noite as principais atrações se concentram na Broadway, a rua principal. Aos mais calmos, a melhor opção está nos bares com música ao vivo. Entre eles destaco o Café Habana, que também é uma ótima opção para o almoço. O atendimento é muito bom e a refeição para duas pessoas custa em média R$45.

Outra opção é um jantar no restaurante L’atelier. Com ambiente tranquilo e decoração diferenciada, o restaurante francês é uma ótima pedida para casais. Indico o Filet Mignon natural que acompanha arroz, ratatoille e purê de batata, com crepe de nutella para sobremesa. A refeição saiu por apenas R$64. 


Nos finais de semana, se a ideia for seguir curtindo a noite, a praia é cheia de festas. Com ritmos variando entre forró, reggae e música eletrônica, não faltam opções para aproveitar a noite madrugada a dentro.

Dica: Embora o roteiro possa ser realizado em um único dia, recomenda-se realizar a viagem em duas diárias no final de semana, quando as atrações noturnas proporcionarão mais diversão e o número de turistas é maior.

Outro destaque de Canoa está no artesanato, com as famosas garrafinhas feitas com as areias coloridas das falésias, além do artesanato de renda.  O número de lojas na Broadway é grande, não faltando opção e bons preços.

E na hora de voltar pra casa, com as malas cheias de lembrancinhas e saudades da praia, Canoa deixa ao turista a ideia de que você sempre será bem-vindo. Afinal de contas, nada melhor que amanhecer na praia depois de uma noitada!

Curiosidade: Diz a lenda que casais que vão juntos a Canoa não se separam. 


sábado, 25 de janeiro de 2014

Um bocadinho de Porto

     Portugal é um dos primeiros destinos procurados pelos brasileiros para ir para a Europa. Mesmo idioma (há controvérsias) e proximidades históricas e genéticas são fatores de atração da terrinha.

     Porto é uma cidade pequena para os padrões atuais (cerca de 240 mil habitantes). Atrai primeiramente pelo seu famoso “vinho”, cujas caves ficam, ironicamente, em outro município, chamado de Vila Nova de Gaia. Praticamente de frente para elas está a região da Ribeira, que concentra bares e restaurantes, com pratos típicos já encontrados nas cidades brasileiras.

 

     Quando lá estive, me importei mais com a vista do que com o fato de todos os restaurantes ali serem pautados por preços e qualidades turísticas. Todavia, o  ambiente dali é fantástico e vale muito pelo momento. Naturalmente, escolhi um prato de bacalhau e já identifiquei da onde veio a ideia genial de cobrar por couverts, coisa que, a princípio, parecia ser exclusividade da Terra Brasilis. Claro que nós brasileiros aperfeiçoamos e abandonamos o esquema “Paga pelo que comes” que o garçom insistia em me avisar.



     Entretanto, estou interessado em coisas diferentes, no que, na minha opinião, dá valor a uma viagem. Como sempre, o espírito da gula é fundamental e Porto oferece uma senhora opção para os gordinhos de alma, mais no centro da cidade.

     A francesinha é um sanduíche bem turbinado que inclui todos (ou quase todos) tipos de carnes em fatias de pão cobertas com queijo, bacon/presunto (com opcional de ovo, por exemplo). Diz a lenda que o prato foi a inspiração (ou inspirada, dependendo do lado da história) para o croque-monsieur francês e que contém mais de mil calorias. Ainda assim, ir ao restaurante A Regaleira (Rua do Bonjardim 87) , o mais tradicional que serve o prato é uma obrigação muitas vezes deixada desapercebida pelos turistas.



O que fazer:  Degustar vinhos do Porto e aproveitar a vista da Ribeira,  comendo um prato típico de bacalhau

Imperdível: Ter uma refeição nada saudável com o ultra-sanduíche francesinha.

Quanto tempo: 1 dia e meio é suficiente para conhecer a cidade.

Como Chegar: Porto tem um sistema de metro de dar inveja às cidades brasileiras, que ainda é complementado por um eficiente sistema de bondes.


O que mais? Edifícios com os famosos azulejos portugueses, A Torre dos Clérigos,  O Palácio da Bolsa. (Veja no nosso flickr).

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

O Nordeste na Casa Dela

Parece que em Jeri, como vimos com a lagoa do Paraíso, os nomes são escolhidos para facilitar a memória e para incentivar a prática de frases clichês. 

Como prometido, voltei para fazer um post com dicas de onde comer na vila e o local que mais me chamou atenção foi o restaurante Na Casa Dela. O restaurante não faz você se sentir em casa, como vocês poderiam pensar que eu fosse falar, mas faz você querer que sua casa fosse como aquela.


Localizado na Rua Principal e com fachada singela, o restaurante pode não chamar muita atenção, mas um olhar mais atento revela a bela decoração que toma conta do ambiente.  


O tema? Uma mistura de Nordeste. Uma soma de nega maluca, com casa de pássaros, bonecos de Lampião, cadeiras de balanço, fitas do senhor do Bonfim e, claro, pé na areia!


É difícil não reservar um tempo para absorver tanta informação, tanto nordeste. Mas é fácil se perder em meio a tantos detalhes.


Antes de fazermos o pedido, fomos surpreendidos com bolinhos de macaxeira (mandioca) com carne seca oferecidos como cortesia. O petisco já era um indicativo da qualidade da cozinha do local. O cardápio acompanha o tema do restaurante e aproveitamos para pedir uma das minhas comidas típicas preferidas – escondidinho de carne seca (R$45). 


O prato estava delicioso, acompanhando tomate seco e um toque de molho de tomate.  O atendimento a todo o momento fora muito atencioso e simpático, dando mais prazer ao jantar.  Como sobremesa, pedimos brigadeiros de colher e aproveitamos para dar mais algumas olhadas pelo ambiente.

Ao final, mais surpresas nos aguardavam. Uma pequena foto nossa impressa e alguns brigadeiros acompanharam a conta, que apesar de toda a qualidade do ambiente, custou-nos apenas R$60.

E foi assim, indo Na Casa Dela, que encontramos o Nordeste muito bem representado dentro de Jericoacoara. 

* Algumas fotos foram retiradas da página do restaurante no Facebook.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Diversão no Leste Europeu

Viajar não é só visitar parques, igrejas e museus. Conhecer a vida noturna das cidades também traz experiências bem curiosas e que ficam pro resto da vida.

            Em Praga, a Karlovy Lazne é a maior boate do Leste Europeu. São 6 áreas, cada uma com sua proposta e estilo musical, distribuídas em 5 andares.  Seja eletrônico, anos 80 ou hip hop, todos os gostos estão bem representados no local.

A boate conta com chapelaria para os casacos e é bastante frequentada por turistas. Então,  espere muita diversão, mas não um grande serviço. O que vale a pena é o ambiente, bem diferente daquele que estamos acostumados no Brasil.




Para aqueles ainda mais animados, a República Tcheca é um dos países com menor preço para as bebidas alcoólicas e, dado o frio que costuma fazer no inverno,  oferece opções bem diferentes. Uma delas é a Absintherie, bar reservado ao culto exclusivo do Absinto, a bebida de maior teor alcóolico comercializada. O bar é bem pitoresco e conta com diversos tipos e receitas, como a feita com a máquina da foto abaixo. Pingos de bebida caíam diretamente em colheres com açúcar, dissolvendo e transbordando imediatamente para o copo estrategicamente posicionado. Bem inusitado. É preciso coragem, confesso.


A Tradição


Essa é uma indicação de restaurante que, de tão apreciado pelos brasileiros assíduos em Paris, foi copiada em várias versões em São Paulo.

Mas o original é sempre o original. A fórmula do Le Relais de L’Entrecote , dada as sempre extensas filas na porta, permanece secreta e encanta já há bastante tempo turistas e nativos.

O restaurante é de menu único:  filé ao molho misterioso de mostarda e ervas, com direito a uma salada verde de entrada, com batatas fritas a vontade (preço em torno de 25 euros). Não precisava de outra opção, né?



Como sobremesa, nada melhor que uma torta de chocolate com chantilly.




Dica: Dentre as filiais, escolha a da Rue Marbeuf(Metro George V), próxima ao Arco do Triunfo. Um bom programa é pegar uma das primeiras mesas da noite e ao sair aproveitar a iluminação farta da cidade, indo da Av. des Champs-Elysées até a vista espetacular da Torre Eiffel no metro Trocadéro, pela Av. Kléber.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Rodin em Paris

Tudo bem que o Musée Rodin não é um grande achado. Nem muito menos uma opção cult de Paris. Mas ali, entre o Musée du Louvre e o Musée d’Orsey, uma atração fora do roteiro básico de Paris foi a que mais me chamou atenção.

Ao ar livre e longe do gigantismo do Louvre, o museu foge da rotina e traz uma experiência única. 


            O local onde está situado é uma contemplação a parte. Com jardim amplo e arquitetura imponente, o Hotel Biron - antiga oficina de Rodin-, já valeria a visita. Mas além disso, em meio ao jardim, estão as mais famosas obras do escultor, como “O Pensador”, “Porta do Inferno”, “O Beijo” e “Três Sombras”. 


Você não vai precisar ficar correndo entre setores para poder conhecer as principais obras (revelo que tive problemas com o Louvre). Diferente da barulheira e correria dos outros museus, a dica aqui é caminhar calmamente, observar a riqueza de detalhes das esculturas e relaxar.


Dica: A entrada custa 10 euros, mas é sempre uma boa opção buscar tickets que dão direito à visita de vários museus. O combo d’Orsay + Rodin custa hoje 15 euros, por exemplo. A melhor opção, caso você queira conhecer vários museus, é o Paris Museum Pass , que dá direito a entrada em todos os museus e alguns monumentos da cidade e custa 42 euros para dois dias de uso. 

Portanto, quando for a Paris, não deixe de incluir no seu roteiro o museu. Para mais fotos, visite nosso Flickr ou nossa página no Facebook.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Paris Cult

Viajamos para mudar. Mudar a rotina. Mudar a vida. Mudar de ideias.  Por isso, para mim,  esse blog não será só de relatos, mas principalmente de prazeres.  Espero descrever lembranças de lugares que se tornaram especiais nas minhas idas e vindas, adicionando um tempero especial com a minha paixão gastronômica.

E seria totalmente injusto não começar por onde o coração bate mais forte.  Paris foi o meu primeiro destino em viagem internacional e, com toda a certeza, será o último que terminarei de conhecer.  Enfim, Paris é sempre uma boa ideia.

Minha visão de Paris é menos tradicional e não diferencia muito as atrações turísticas consagradas. Em fatias, buscarei passar o que acho que são verdadeiros achados, locais que definem Paris melhor do que os guias de viagem.  Admito que é um olhar ligeiramente distante das filas  do Museu do Louvre ou para subir na Torre Eiffel,  que tornam a visita menos turística, mas igualmente agradável.

Com isso, minha dica para este post inaugural reside em um lugar para uma agradável caminhada e um para comer bem escondido.

Costumo rejeitar pegar qualquer tipo de transporte público para respirar o ar verdadeiro da cidade. Em Paris, um dos meus roteiros favoritos para caminhadas inicia-se na Notre-Dame , passa pela ponte dos cadeados sobre o  Rio Sena ( Pont des Arts) e termina em uma volta sem fim no bairro hipster de Saint-Germain-des-Près . (Detalhes aqui: ).   É nele que se encontravam e ainda se encontram os cults e cools  da société francesa e ainda fica pertinho da Sorbonne, uma das principais universidades da Europa. A sugestão é não se prender muito a roteiros fixos e caminhar sem um destino definido. O desconhecido é ainda mais bonito em Paris.



O imperdível: Andar sem um mapa na mão e destino certo pelas ruas de St-Germain-des-Près, na margem esquerda do Rio Sena.

Como chegar: Metro. Metro. Metro. Estações-chave:  Saint-Germain-des-Près (M4), St. Michel Notre-Dame (M4).

Onde parar: Lojas, antiquários, galerias, ...

Quanto tempo: 3-4 horas.



 Comida, afinal...

Do outro lado do rio, o restaurante Olio Pane Vino (44, Rue Coquillere, Metro Palais Royal – Musée du Louvre M1 e M7) fica próximo ao Museu do Louvre e serve receitas clássicas italianas em um ambiente romântico e camarada. Possui um cardápio reduzido fixo,  mas destaca-se pelos pratos do dia,  com ingredientes frescos e deliciosos e um dono com francês macarrônico. 

Quando estive lá, pedi de entrada uma salada caprese, mas feita de burrata:



De prato principal, tinha como opção tagliatelli ao pomodoro:


E penne ao molho branco:



A sobremesa foi um tiramissu, que, de tão delicioso, não pude tirar foto para sobrar um pouco pra mim. 

A conta saiu por  menos de 20 euros.

Simples, mas delicioso. Italianíssimo, mas em Paris.